quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Titãs traz rock pauleira para os palcos de Goiânia

Com uma das turnês mais pesadas em décadas, a banda volta aos palcos da capital goiana  com o chamado rock pauleira

Relembrando os velhos tempos de rock pesado e letras ácidas, os Titãs, sobem ao palco da Atlanta Music Hall, no sábado, 11, a partir das 22 horas. A banda lança na capital goiana a turnê do novo álbum “Nheengatu”. A inspiração para o álbum, letras e a melodia surguiu dos protestos ocorridos em 2013. Mais ácida, a turnê é uma crítica a situação atual do País.

O quinteto sobe aos palcos com os quatro remanescentes da formação original,  Sérgio Britto (teclados, baixo e vocal), Paulo Miklos (guitarra e vocal), Branco Mello (baixo e vocal), Tony Bellotto (guitarra solo) e com o novo integrante o jovem baterista Mario Fabre.  A turnê “Nheengatu” nas quase duas horas de apresentação traz 30 canções, executadas de maneira precisa, direta, sem frescura, em volume altíssimo. Até canções gravadas com arranjos mais pop, como "Televisão", "Diversão" e "Sonífera Ilha" ganharam vigor extra, mais rock and roll.

Como Goiânia também é a terra do rock, os Titãs prometem levantar os goianos para uma noite eletrizante e vibrante. O público sentirá essa vibração a partir da sequência inicial do show, quando a banda sobe ao palco mascarada, numa espécie de versão brasileira do grupo Slipknot. Máscarados se apresentam a plateia com "Fardado", "Pedofilia", "Cadáver Sobre Cadáver", "Baião de Dois", "Chegada ao Brasil (Terra à Vista)" e "Senhor", todas do novo disco.

Enfileiradas, as canções funcionam como uma crônica política do país, quase que um protesto, reforçado por uma incrivelmente mais pesada versão de "Polícia”. Mas o público também poderá relembrar os velhos tempos com canções que marcaram geração como "Bichos Escrotos", "Flores", "Aa Uu", "Lugar Nenhum", "Estado Violência", "Cabeça Dinossauro" e "Homem Primata".

Turnê “Nheengatu”

A turnê “Nheengatu” recém-lançada pelos Titãs, tem como referência o “Cabeça dinossauro” (1986). Com o plus do produtor Rafael Ramos, cuja especialidade é justamente fazer a ligação entre o rock dos anos 80 e o de hoje. Assim, a nova turnê pode ser considerada como um saudável rompante de sincera espontaneidade.

“Nheengatu” é uma crônica ácida do Brasil em carne viva, com as angústias e mazelas que estão bem aqui do nosso lado.  Os Titãs, que se consagraram por cravar a unha na ferida e nunca tiveram pudor em virar do avesso temas incômodos, lançam seu 18º disco, mais críticos e atuais do que nunca. Dessa vez, em tempo real. Como a música Fardado, composta enquanto protestos e manifestações tomavam conta do País.

“Desde o começo, tínhamos vontade de fazer um instantâneo do tempo que a gente vive. Fardado foi diretamente inspirada na fotografia de uma adolescente parada na frente de uma tropa da PM com um cartaz escrito: ‘Fardado, você também é explorado'”, conta Sérgio Britto.

Os mais de 30 anos de carreira marcam o novo álbum e turnê como uma das mais pesadas e cheia de críticas sociais.  As 14 faixas do álbum formam uma sequência vigorosa, intensa, difícil de desacoplar uma da outra, que retrata bem a personalidade forte dos Titãs.  “ ‘Nheengatu’ define bem um disco que trata dos assuntos mais sensíveis no desenvolvimento da sociedade brasileira nos dias de hoje. Nossa civilidade, ética e moral estão nas letras desse CD”, detalha Paulo Miklos.

O nome do álbum e a capa também simbolizam a volta do Titãs rebelde, do puro rock. “Nheengatu” foi inspirado na língua derivada do tupi-guarani, criada pelos jesuítas no século XVII para unir as tribos nativas do Brasil e os brancos recém-chegados. Em contraponto a capa, com a imagem da Torre de Babel, mito bíblico mostra a completa falta de comunicação entre os homens.

Fonte: Baú de Ideias

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